Chateia-me..!

Porquê?; Quais são os objectivos?; Que prazer tiramos das pedaladas?; Competição? (com os amigos, com nós próprios); Provar o quê?
Ainda tenho umas por responder...
O que me levou a andar de bicicleta foram diversos factores. Um deles, o primeiro e muito importante, foi o sedentarismo da minha profissão, comecei por sentir necessidade de me mexer! Mas como? Jogar à bola nunca foi o meu "prato" favorito, correr ainda não me tinha tocado...
Comecei a "pedalar" ainda navegando pela net lendo relatos, crónicas, blogs de pessoas, que tal como eu, gostam de partilhar as suas aventuras, a sua relação com esta coisa das bicicletas. O meu "aventurismo" foi dos maiores responsáveis pois, no início, cada dezena de quilómetros que ultrapassava me dava vontade de continuar. Chegava a casa e todas as mazelas, que o selim ou mesmo os punhos me tinham deixado, eram esquecidas e só pensava em planear a próxima volta, quando não era mesmo sair logo no outro dia sem caminho definido só pelo simples facto de saborear "a viagem(!)".
Nunca pensei muito noutras coisas. O que me fazia querer mais era somente o pisar o pedal, sentir-me em viagem com a paisagem a passar devagar.
Hoje, as coisas mudaram. Não mudaram nem para melhor nem para pior. Simplesmente evoluíram mas, sem deixar os prazeres que já descrevi.
Hoje, a melhoria da forma física, o estado de espírito, os companheiros de pedaladas, levam-me a ter objectivos inimagináveis para a altura em que comecei. Não falo de competição! Fujo a isso! No início, por exemplo, vinte quilómetros era uma aventura.
O ciclismo tem a máquina como principal componente. Máquina essa que nos faz mudar a forma como olhamos para ela consoante o prazer que nos vai dando... Já não é uma simples bicicleta. Começa-se por dar importância ao mais pequeno pormenor que na prática sentimos cada vez mais a sua importância. Damos-lhes "mimos", tratamos dela mais do que, se calhar, o próprio automóvel que nos carrega diariamente para o emprego. Inexplicável? Não! É necessário valorizar as pequenas coisas...
Fico-me, para já, por aqui.